Dois terços dos brasileiros preferem lidar com os bancos de forma digital, revela pesquisa
Mais de 75% dizem que provavelmente considerariam mudar de instituição financeira se não conseguissem gerenciar sua conta facilmente no dispositivo móvel
Em um mundo em rápida evolução, estar sempre conectado é fundamental. O número de pessoas que trabalha em horários “comuns” está diminuindo à medida que os fusos horários internacionais e as taxas de câmbio se tornam mais importantes. Os recursos de smartphones e serviços bancários móveis estão ajudando as instituições financeiras a atender às crescentes demandas dos clientes, além de permitir que eles se destaquem de seus concorrentes.
No Brasil, dois terços da população (66%) prefere interagir com sua organização financeira principal por meio de dispositivos móveis ou online, de acordo com uma nova pesquisa. Mais de 75% dos entrevistados chegaram ao ponto de dizer que provavelmente considerariam mudar de instituição financeira se não conseguissem gerenciar sua conta facilmente no dispositivo móvel.
A pesquisa feita com 600 brasileiros, encomendada pelo fornecedor global de tecnologia de serviços financeiros Fiserv, Inc. (NASDAQ: FISV) e realizada pela Toluna Insights, revelou que 42% dos entrevistados preferem usar seu smartphone, tablet ou dispositivo vestível, como um smartwatch, para interagir com suas instituições financeiras. 24% preferem seus laptops ou desktops. Apenas 16% preferem visitar uma filial tradicional e, menos de 10%, falar com um representante por telefone.
Geralmente, os entrevistados mais jovens preferem usar um dispositivo móvel, com 43% entre 18 e 34 anos, enquanto a mesma porcentagem foi registrada entre as pessoas de 35 e 54 anos que preferem smartphones, tablets ou dispositivos vestíveis. No entanto, o mobile banking não é apenas para as gerações mais jovens. Enquanto 28% dos brasileiros com mais de 55 anos ainda preferem o método tradicional de visitar uma agência, 33% responderam que atualmente preferem o banco via smartphone, tablet ou dispositivo vestível.
Rodrigo Silva, vice-presidente da América Latina e do Caribe da Fiserv, empresa sediada em Wisconsin que entrou no Brasil em 2009, diz que a importância que os brasileiros atribuem à conectividade constante deve representar para as instituições financeiras um recado para que se concentrem em melhorar suas opções digitais para reter e crescer sua base de clientes.
“Clientes de todas as idades estão percebendo a conveniência dos serviços bancários por meio de dispositivos digitais”, diz. “Por meio da tecnologia, as instituições financeiras podem estar abertas o tempo todo, tornando a localização e o horário de trabalho de um cliente irrelevantes. Se os bancos se concentrarem em garantir que sua presença digital seja simples e abrangente, continuarão aptos a atender clientes existentes e atrair novos clientes, mesmo que as preferências pelo setor bancário evoluam” afirma.
Celulares em alta
De acordo com uma pesquisa divulgada no recente Congresso da Federação dos Bancos do Brasil, realizado em São Paulo em junho passado, a atividade móvel está em forte ascensão. Em 2018, as transações com smartphones cresceram 80% em comparação com o mesmo período de 2017 e provavelmente superarão em breve as transações feitas via Internet banking. Enquanto as transações com computadores cresceram de 3,5 bilhões para 3,9 bilhões em 2018, as transações móveis aumentaram de 1,7 bilhões para 3 bilhões.
“O celular é o presente e o futuro”, disse Silva. “No Brasil, o número de pessoas que usam dispositivos portáteis para completar suas necessidades bancárias está aumentando a cada dia. As instituições financeiras que desejam liderar e crescer devem atender às expectativas dos clientes e atualizar continuamente sua tecnologia móvel. A plataforma da Fiserv coloca o banco digital literalmente nas mãos dos clientes bancários, permitindo que eles gerenciem suas finanças quando e onde estiverem”.