Mobilidade x espaço de trabalho: qualidade de vida dos funcionários dentro e fora da empresa
Os maiores desafios da arquitetura corporativa do século XXI são promover a sinergia e gerar engajamento dos colaboradores, porém sempre focando em uma qualidade de vida essencial para os tempos atuais, e levar em consideração a questão o trânsito das grandes cidades é uma grande premissa. O projeto de um escritório tem papel ativo na mobilidade de centenas de profissionais e cabe às empresas de arquitetura corporativa promoverem espaços que estejam de acordo com as iniciativas público-privadas para resolver a questão dos congestionamentos e outros problemas comuns às metrópoles.
O principal é entender que o escritório não está flutuando no espaço, mas em um endereço definido e em uma vizinhança determinada e é preciso levar em conta a mobilidade urbana do entorno e também o trajeto dos funcionários – se utilizam automóveis particulares, transporte público, transporte fretado, bicicletas ou patinetes. A partir destes dados fica mais fácil entender as demandas reais de quem vai utilizar aquele espaço pelo menos cinco vezes na semana.
Mais do que isso, é necessário estar atento às demandas futuras. Cada vez mais pessoas estão trocando o transporte particular pelas bicicletas, patinetes entre outros, mas não farão essa transição se não encontrarem uma infraestrutura como um bicicletário, por exemplo. “Em projetos recentes da Studio BR, para a ConectCar e para o Banco BMG, os diretores das empresas abriram mão de algumas vagas de garagem para ganhar um bicicletário – que incentivou muitos funcionários a adotar de vez as bicicletas. Em outros projetos como da Autopass e Banco Pine o prédio ter essa infraestrutura era premissa essencial pra a escolha do novo local”, afirma Rodrigo Mancini, Co Partner na Studio BR Arquitetura.
É claro que essa iniciativa gera novas demandas. Esses projetos de arquitetura contam com ambientes que, até então, eram raros em escritórios corporativos – como chuveiros, armários e um vestiário bem equipado para atender plenamente às necessidades de quem opta por esse modal de transporte. Assim, entramos em um ponto importante: não é suficiente abrir um espaço qualquer para guardar bicicletas, é preciso integração.
Em momentos anteriores a arquitetura corporativa buscava criar ambientes hierárquicos e verticais, houve uma grande mudança com o entendimento de que o bem-estar dos colaboradores poderia guiar os projetos arquitetônicos e isso já é realidade. Agora, estamos passando por um novo momento: é preciso pensar na qualidade de vida dos funcionários dentro e fora da empresa. Este desafio está longe de ser um problema, pelo contrário, mostra o valor da arquitetura para o mercado corporativo e para a vida das pessoas. gerando maior produtividade e assertividade nas empresas além de uma qualidade mais plena de vida para os colaboradores.
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