Como fugir das doenças do futuro
As doenças do futuro estão diretamente conectadas com dois fatores: a uma vida cada vez mais agitada e mecanizada pela tecnologia e ao distanciamento do nosso próprio interior. A boa notícia? Ainda dá para mudar essa realidade e viver uma vida mais saudável sendo você mesmo.
Fonte: Biointegral Saúde
“As doenças do futuro podem estar ligadas a mudanças climáticas, a novos vírus, ainda mais resistentes e ao retorno de doenças que pareciam erradicadas, como é o caso recente do sarampo”, lembra a fisioterapeuta Frésia Sá, que trabalha com saúde integrativa. Entretanto, segundo ela, existe uma outra vertente de doenças do futuro que precisa ser tratada com muito cuidado, pois é mais silenciosa e pode ser facilmente confundida com sintomas iniciais mais simples, como um estresse, uma memória que falha, uma vontade de ficar mais sozinho.
“Se você está apostando em nomes como depressão, síndrome do pânico e ansiedades, acertou em cheio”, revela a especialista. Conforme Frésia explica, já estão em andamentos pesquisas para identificar que outros males, além da euforia e da falta de atenção o uso constante da tecnologia pode acusar no nosso organismo: “ainda não temos todas as respostas, até mesmo porque o próprio avanço tecnológico parece, às vezes, correr mais do que o próprio tempo”.
Segundo ela, o que temos é uma superexposição a computadores e smartphones, a promessa de tecnologias em rede cada vez mais aperfeiçoadas (e não no aspecto humano, exatamente), das quais ainda não temos conhecimento suficiente e, muito menos, entendemos quais os desdobramentos para a saúde humana: “um exemplo? O 5G, que já está inclusive proibido em alguns países, mas segue sendo testado em outros, e que vai mudar muito do que conhecemos hoje, em termos de efeitos sobre o nosso organismo”.
“Junte a essa realidade em constante mudança um afastamento cada vez maior das questões da emoção, dos nossos problemas interiores, uma juventude cada vez mais medicada, dores que deveriam apontar caminhos de cura sendo anestesiadas, e o estrago pode estar feito. E ser difícil de reverter”, revela Frésia. Mas, então, o que fazer? Segundo ela, exercitar a resiliência e descobrir as próprias carências pode ser um caminho viável, mas é preciso intenção.
Como cuidar de si mesmo, se é difícil separar o que é apenas uma tristeza de uma angústia patológica? Ou então uma agitação de um estresse que pode ser doença? Uma ansiedade constante pelo ritmo de vida de um tipo diferente de energia, que pode indicar que você realmente precisa de ajuda? Frésia lembra que o melhor caminho é, sem dúvida, o autoconhecimento.
“Quando nos conhecemos e nos empenhamos em entender as nossas emoções e a nossa maneira de ver e sentir a vida, fica mais fácil ter a medida do que é ou não saudável. Evitar se medicar por qualquer sintoma diferente, sem que haja uma indicação médica, também é importante. Os medicamentos, especialmente se usados por conta própria, podem mascarar sintomas maiores. Sempre procure ajuda profissional”, comenta a fisioterapeuta.
Ela elenca outros fatores que podem ajudar: “respirar bem, se alimentar de forma saudável, meditar todos os dias, buscar conhecimento sobre si mesmo são passos importantes para ganhar mais sabedoria e entender a própria saúde”, finaliza.