Outubro Rosa: saiba mais sobre mastectomia e reconstrução mamária

Mastectomia

A mastectomia é a retirada cirúrgica da mama. Pode ser um dos passos necessários para o tratamento do câncer nessa região. Foi descrita pela primeira vez em 1894, por um cirurgião chamado William Halsted e incluía a retirada completa da mama, além dos músculos peitorais e todos os linfonodos (gânglios) da axila. Nos dias atuais, a mastectomia é menos invasiva, mantém os músculos peitorais e omite, sempre que possível, o esvaziamento axilar.

Existem alguns tipos de mastectomia, como:

A simples convencional, que consiste na retirada da pele, da glândula mamária (recheio) e do complexo aréolo-papilar (bico). O aspecto final, se a paciente não for submetida à reconstrução no mesmo momento, é de um tórax liso do lado operado;
A mastectomia preservadora de pele, onde retira-se o bico e mantém o máximo de pele possível;
E mastectomia preservadora de pele, aréola e papila, que se retira apenas o “recheio” e mantém a pele e o “bico”.

“A indicação de cada tipo de cirurgia depende de alguns fatores, como tipo e localização da doença, além do desejo da paciente, habilidade do cirurgião e possibilidade de se associar técnicas de reconstrução da mama”, explica a Dra. Flavia Abranches Corsetti Purcino, Mastologista e Ginecologista do Centro Médico Consulta Aqui.

Vale lembrar que, ao longo do tempo, surgiram outros tratamentos como a quimioterapia, a hormonioterapia e a radioterapia que mudaram totalmente o contexto de cirurgia da mama.  Atualmente, já é bem estabelecida a segurança da cirurgia conservadora de mama (quadrantectomia ou setorectomia), que envolve apenas a retirada do tumor com uma pequena margem de segurança. Assim, as mastectomias devem ser criteriosamente indicadas.

Reconstrução

A reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico que permite corrigir uma sequela de uma cirurgia de câncer de mama, seja um procedimento com exérese de toda a mama ou parte apenas, com o objetivo de alcançar a melhor simetrização possível das mamas.

“A reconstrução pode ser realizada junto com o procedimento cirúrgico da mastectomia ou após, ou seja, a paciente apenas faz a mastectomia e reconstrói a mama meses ou anos depois. A indicação de um ou outro vai depender do tipo de cirurgia feito pela mastologia, necessidade de terapias adjuvantes, tipo do tumor e características do paciente”, esclarece o Dr. Matthias Wolfgang Mathony Weinstock, Cirurgião Plástico do Consulta Aqui.

Os modernos métodos utilizados vão desde o enxerto com o uso de retalhos e/ou próteses até a reconstrução do complexo aréolo-papilar através de tatuagem. “Essa técnica, associada a uma pequena cirurgia de reconstrução de papila, deixa um aspecto muito natural”, complementa o Dr. Weinstock.

Tatuagem

A técnica para redesenhar a aréola mamária é a mesma da tatuagem comum, porém, em alguns casos, exige um pigmento próprio e tem se mostrado mais eficiente do que a micropigmentação, pois, aplica melhor e na camada exata. O mais importante é avaliar a cor ideal para cada paciente. “O resultado fica bem natural e deve ser feito em etapas para se chegar à cor e tamanho ideais” conta a tatuadora Akemi Higashi.

A tatuagem pode ser feita somente com a presença do tatuador ou em conjunto com o cirurgião plástico. Dependerá da avaliação feita pelos profissionais e pelo paciente. O método em 3D funciona melhor esteticamente, pois, é possível sombrear em partes profundas ou relevos de maneira que iguale a textura da pele na aréola mamária e na cicatriz. “O resultado é muito gratificante e melhora muito a autoestima da paciente”, finaliza a tatuadora.

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