7 dos 10 empregos mais difíceis de preencher estão no setor de tecnologia, de acordo com o Indeed
Novos dados do site de empregos Indeed revelam que “Analista de Segurança da Informação” é o cargo mais difícil de preencher no Brasil, seguindo o crescimento do setor de segurança cibernética
A economia brasileira começou a gerar mais empregos formais após três anos consecutivos de demissões. Os números oficiais mais recentes do governo mostram que, nos primeiros nove meses deste ano, houve um aumento de 5,93% de empregos formais criados no mesmo período do ano passado – 761.776 mais empregos.
Embora as áreas de recrutamento nas empresas estejam crescendo devido a esse cenário positivo do mercado de trabalho, os empregadores enfrentam dificuldades em encontrar as pessoas certas para preencher algumas vagas disponíveis. Indeed, o site de empregos número 1 do mundo, compilou uma lista das 10 posições mais difíceis de preencher* no Brasil, considerando o percentual de oportunidades de emprego abertas por mais de 60 dias.
- Analista de Segurança da Informação
- Arquiteto
- Webmaster
- Analista de Desenvolvimento
- Programador/Desenvolvedor Web
- Analista de Banco de Dados
- Analista de BI
- Analista de Desenvolvimento de Sistemas
- Assistente de Recursos Humanos
- Engenheiro
Tecnologia, um mercado desafiador para recrutadores
Os dados do Indeed mostram que 7 das 10 posições mais difíceis de preencher estão no setor de tecnologia. Encontrar o talento certo para ocupar cargos importantes não é fácil já que este é um dos mercados de trabalho mais competitivos atualmente.
“O mercado de trabalho em tecnologia tem cada vez mais oportunidades, mas ainda tem os cargos mais difícil de preencher. Pode ser porque esse tipo de trabalho exige uma rara combinação de qualidades: habilidades técnicas avançadas, educação especializada e um alto nível de conhecimento e visão. A maioria dos candidatos com essas qualificações acaba indo ao exterior em busca de carreiras internacionais”, disse Felipe Calbucci, Country Manager do Indeed no Brasil.
De acordo com uma pesquisa da TolunaInsights**, encomendada pelo Indeed este ano, 47% dos brasileiros acham que deixar o Brasil é essencial se eles querem ter uma carreira de sucesso em tecnologia. Para Calbucci, isso pode ser o resultado de uma forte marca empregadora de empresas internacionais. “É importante que as empresas percebam o valor agregado de serem capazes de desenvolver e exibir sua marca empregadora, a fim de aumentar a atração e a retenção dos melhores talentos”, destacou.
Por que segurança cibernética?
A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) está cada vez mais próxima de entrar em vigor e as empresas de todo o país já estão se preparando para esse momento quando chegar. A segurança de dados é um dos maiores desafios para as empresas e, até 2023, haverá mais de US$ 151 bilhões investidos nesse mercado.
Em 2018, as empresas perderam cerca de US$ 45 bilhões devido a ataques de hackers, causando um crescimento no número de oportunidades de emprego na área. De acordo com um estudo da Deloitte, o mercado global terá mais de 1,5 milhão de vagas em segurança cibernética este ano, mas ainda há uma falta de profissionais qualificados. Isso também reflete nos dados do Indeed, pois “Analista de Segurança da Informação” está no topo da lista dos cargos mais difíceis de preencher.
Formação profissional na área de tecnologia
O Programa de Aprendizagem Profissional do ITI é uma oportunidade para jovens com e sem deficiência ingressarem em um setor em alta no país e que sofre com a falta de mão de obra qualificada.
A Lei do Aprendiz (LEI 10.097/00) determina que empresas de qualquer natureza, que tenham pelo menos sete empregados, são obrigadas a contratar aprendizes, de acordo com o percentual exigido por lei (art.429 da CLT). O percentual mínimo é de 5% e máximo de 15% das funções que exijam formação profissional. O contrato de trabalho pode durar até dois anos e, durante esse período, o jovem é capacitado na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e prática.
Para os jovens significa uma oportunidade de inclusão social com o primeiro emprego e de desenvolver competências para o mundo do trabalho, para o empresário é uma oportunidade de contribuir para a formação dos futuros profissionais do país, difundindo os valores e cultura de sua empresa.
Estudos demonstram que o desemprego e a rotatividade são muito maiores entre os jovens, não por não saberem o que querem ou por falta de interesse do mercado. Na grande maioria das vezes, o ingresso no mundo do trabalho se dá de forma precária; sem acesso à qualificação adequada e com jornadas que desestimulam a continuidade dos estudos.
A Aprendizagem Profissional cria oportunidades tanto para o aprendiz quanto para as empresas, pois dá preparação ao iniciante de desempenhar atividades profissionais e de ter capacidade de discernimento para lidar com diferentes situações no mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, permite às empresas formarem mão de obra qualificada, algo cada vez mais necessário em um cenário econômico em permanente evolução tecnológica.
Seleção e contratação
O programa prevê a execução de atividades teóricas e práticas, sob a orientação pedagógica de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica e com atividades práticas coordenadas pelo empregador e com supervisão da entidade qualificadora. A formação é voltada para jovens de 14 a 24 anos que estejam matriculados e frequentando a escola. Caso o aprendiz seja Pessoa com Deficiência, não haverá limite máximo de idade para a contratação (art.428,§5º, da CLT).
O empregador dispõe de total liberdade para selecionar o aprendiz, desde que observado o princípio constitucional da igualdade e a vedação a qualquer tipo de discriminação atentatória aos direitos e liberdades fundamentais, bem como a observância aos dispositivos legais pertinentes à aprendizagem e a prioridade conferida aos adolescentes na faixa etária entre 14 e 18 anos, além das diretrizes próprias e as especificações de cada programa de aprendizagem profissional. Os candidatos à aprendizes deverão se inscrever no site do ITI Instituto Tecnológico Inovação. www.itinovacao.org.br