Tecnologia pode substituir tarefas mecânicas e repetitivas no Direito
A inovação tecnológica no setor jurídico é um avanço sem possibilidades de retrocesso, ainda que muitos operadores do Direito se mantenham resistentes à adoção de ferramentas altamente desenvolvidas, fundamentadas em inteligência artificial, big data e outros, não há como negar que sejam eficientes e minimizem significativamente os erros.
Algumas barreiras à automação do setor jurídico surgem por questões culturais, acomodação da instituição em seus processos, ou mesmo, por restrição financeira. Ao mesmo tempo em que a tecnologia permite a automação até certo grau, podem faltar recursos. É nesse ponto que a inovação tecnológica surge para ampliar os limites do que pode ser automatizado.
A automação de escritórios e departamentos jurídicos passa pelo entendimento das funções desempenhadas pelos advogados e o desenho dessas funções dentro das capacidades de sistemas jurídicos. Se em um passado recente era necessária a consulta manual aos diários, recortes ou sites jurídicos, hoje, os sistemas realizam essas pesquisas e avisam os responsáveis sobre os resultados encontrados.
Outro empecilho para a inovação no mercado jurídico diz respeito ao mito que tem sido construído em torno da inteligência artificial. Porém, Arthur Hamann Pereira, Diretor Comercial da Fácil, comenta que é improvável a automatização e substituição do trabalho de advogados em detrimento da tecnologia, sobretudo aquelas que exigem criatividade, inteligência emocional ou interface com diferentes meios, como por exemplo, elaboração de novas teses, debate com juízes ou com advogados de oposição e o acolhimento de clientes.
“Muito se fala na indústria 4.0 e em como a Inteligência Artificial está revolucionando o Direito, mas o que percebemos no mercado hoje, é que ainda há bastante espaço para a automatização mais tradicional também. Relatórios, alertas, cálculos e captura de informações podem oferecer ganhos mais claros e imediatos em um primeiro momento, bem como, abrir o caminho para a inteligência no futuro. Escritórios de advocacia e departamentos jurídicos possuem tarefas mecânicas e repetitivas, que podem ser facilmente automatizadas”, completa Arthur.